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Coleção: Direito GV  

Fábula: do verbo latino fari, “falar”, como a sugerir que a fabulação é extensão natural da fala e, assim, tão elementar, diversa e escapadiça quanto esta; donde também falatório, rumor, diz que diz, mas também enredo, trama completa do que se tem para contar (acta est fabula, diziam mais uma vez os latinos, para pôr fim a uma encenação teatral); “narração inventada e composta de sucessos que nem são verdadeiros, nem verossímeis, mas com curiosa novidade admiráveis”, define o padre Bluteau em seu Vocabulário português e latino; história para a infância, fora da medida da verdade, mas também história de deuses, heróis, gigantes, grei desmedida por definição; história sobre animais, para boi dormir, mas mesmo então todo cuidado é pouco, pois há sempre um lobo escondido (lupus in fabula) e, na verdade, “é de ti que trata a fábula”, como adverte Horácio; patranha, prodígio, patrimônio; conto de intenção moral, mentira deslavada ou quem sabe apenas “mentirada gentil do que me falta”, suspira Mário de Andrade em “Louvação da tarde”; início, como quer Valéry ao dizer, em diapasão bíblico, que “no início era a fábula”; ou destino, como quer Cortázar ao insinuar, no Jogo da amarelinha, que “tudo é escritura, quer dizer, fábula”; fábula dos poetas, das crianças, dos antigos, mas também dos filósofos, como sabe o Descartes do Discurso do método (“uma fábula”) ou o Descar­tes do retrato que lhe pinta J. b. Weenix em 1647, segurando um calhamaço onde se entrelê um espantoso Mundus est fabula; ficção, não ficção e assim infinitamente; prosa, poesia, pensamento.

Projeto editorial de Samuel Titan Jr.
Projeto gráfico de Raul Loureiro

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As palavras e a lei
Direito, ordem e justiça no pensamento jurídico moderno

José Reinaldo de Lima Lopes

 
Com grande erudição e fluência, o jurista e historiador do direito José Reinaldo Lopes constrói uma análise profunda e minuciosa da trajetória do pensamento jurídico através dos tempos. Uma reflexão de grande interesse, que resgata aspectos fundamentais da evolução da história do direito e, simultaneamente, aponta os limites e impasses do pensamento contemporâneo.
indisponível
R$ 68,00
 
Internacionalização do direito penal

Maíra Rocha Machado

 
Com o fenômeno da globalização, as funções reguladoras dos Estados-nação dependem cada vez mais dos imperativos formulados por organizações internacionais (FMI, OMC, Banco Mundial etc.) e empresas multinacionais. Este livro busca compreender como este processo se dá na esfera penal, analisando as recentes modificações na gestão dos "crimes internacionais".
R$ 81,00

 
     
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